– A MACROBIÓTICA –

A Macrobiótica chegou ao meu dia-a-dia sem querer.
Fiz o meu primeiro workshop com as meninas do Food4Change com o objetivo de descobrir novas receitas e combinações de alimentos.
Soube do workshop através das redes sociais do espaço onde este decorreu. Achava que já percebia imenso de alimentação – e já percebia, mas não na sua perspetiva holística – por isso fiz muitas perguntas antes da inscrição para perceber se valeria mesmo a pena. E se valeu!
O tema Menu Regenerativo: purifica o teu corpo era indicado para começar o ano. E foi nesta manhã de Janeiro que a minha vida alimentar começou a mudar ainda mais. Já tinha retirado glúten, lacticínios e açúcar, mas a Macrobiótica trouxe-me o contexto que procurava.
“A alimentação macrobiótica não proíbe liminarmente nenhum alimento, mas aconselha bom senso e critério na hora de escolher os alimentos, na forma de os cozinhar e na forma de os ingerir, porque dessa escolha consciente resultará a nossa forma de percepcionar o mundo e também a nossa saúde”. Francisco Varatojo
É mesmo isto!

Até descobrir a Macrobiótica não conseguia concordar com as dietas restritivas. Diabolizar um alimento é uma premissa errada, do meu ponto de vista. As únicas exceções são o açúcar e os alimentos ultraprocessados – que já nos chegam sem interesse nutricional nenhum cheios de calorias vazias, que só intoxicam o nosso corpo.
Depois de uma manhã de partilha e confecção de um menu completo – percebendo os princípios básicos da Macrobiótica – fiquei com uma certeza: Quero saber mais sobre isto!
As pesquisas levaram-me ao Instituto Macrobiótico de Portugal, aos livros da Família Varatojo (Francisco, Geninha e Marta). Um mundo absorvente e interessante.
Mas, afinal o que é a macrobiótica?
“A Macrobiótica é um modo de vida que orienta as escolhas individuais em alimentação, atividade física e estilo de vida. É um sistema de princípios e práticas que visam o equilíbrio em benefício do corpo, da mente e do planeta.
A origem da palavra vem do grego antigo — Macro (grande ou longa) e Bios (vida ou forma de vida).” IMP.
Nas palavras de Francisco Varatojo, “A Macrobiótica não é exclusivamente uma dieta, um regime, mas sim um estilo de vida que tem como objectivo último ajudar-nos a desenvolver o nosso potencial humano, ao seguirmos as leis da natureza dum ponto de vista biológico (através da alimentação), ecológico (fazendo escolhas diárias que contribuem para uma melhor qualidade de vida ambiental), social e espiritual (tratando os outros com amor e compaixão e assumindo a nossa responsabilidade como um pequeno elo numa vasta cadeia de seres e fenómenos).
A origem da palavra é grega, “macro” – grande – e “bio” – vida e não significa apenas “grande vida” mas também a capacidade de vivermos a vida duma forma grandiosa e magnífica. A esse nível, a alimentação é importante, essencial, porque nos dá a base biológica, a saúde para gozarmos a vida em todo o seu esplendor e para termos sensibilidade para com o meio que nos rodeia. Nós somos literalmente o que comemos, os alimentos criam o nosso sangue que vai nutrir as células, os órgãos, o cérebro. Sem alimentos a vida não é possível.
Temos o livre arbítrio para escolhermos comer e viver como quisermos, mas há uma responsabilidade inerente a cada uma das escolhas que fazemos; não existem alimentos proibidos mas existe um critério a partir do qual podemos escolher duma forma mais responsável e consciente.”.
A principal mensagem é esta.
Hoje em dia frequento o curso de Culinária Macrobiótica e, garanto-vos, está a ser uma viagem brutal.
Partilharei todos os sorrisos convosco, em forma de receitas e informação válida sobre comida, ingredientes e emoções.
Fontes: Os alimentos também curam, Francisco Varatojo