Lacticínios.

Para crescer e ter ossos saudáveis tens de beber leite. Não é literal, na verdade.

O argumento que me fez deixar de beber leite foi que somos a única espécie que bebe leite de outra espécie em idade adulta. Pois, de facto fazia sentido. Deixei de beber leite há cerca de 10 anos, ainda não sonhava com alimentação macrobiótica.

Em crianças obviamente que temos de beber leite da nossa mãe, leite da mesma espécie composto com tudo o que precisamos para crescer. Aí sim, faz todo o sentido. Já pensaste que o leite de vaca é produzido para alimentar um bezerro de mais de 60kg, promovendo o seu crescimento?

Aliás, o cálcio só é fixado nos ossos se existir vitamina D e K, combinado com exercício físico e um nível equilibrado de hormonas (estrogénio e testosterona). E, para além disto, há outros alimentos muito mais ricos em cálcio, como por exemplo os vegetais verdes, as sementes de sésamo, as sementes de papoila, a salda ou as algas.

Qual a composição dos lacticínios?

Por um lado, a gordura presente nos lacticínios é saturada. A tal gordura má que promove a obstrução dos vasos sanguíneos.

Por outro lado, chegamos a um tema amplamente falado hoje em dia, a intolerância à lactose. Antes de mais, a lactose é o açúcar do leite, naturalmente presente no mesmo. O que provoca a intolerância é a incapacidade do nosso organismo em produzir a lactase (a enzima responsável por processar a lactose).

Na verdade, 25% da população mundial deixa de produzir lactase até aos 4 anos! (ainda alguém tem dúvidas sobre quão maravilhoso é o nosso corpo? :)).

O que me preocupa ainda mais para não consumir lacticínios é a forma como são produzidos atualmente. A produção industrial de carne e leite é assustadora pelos níveis de antibióticos, estimulantes e outras drogas introduzidas na ração da carne comercializada.

Qual o impacto do consumo de lacticínios no corpo humano?

Para além do leite, temos o queijo e todos os seus derivados (o meu adorado queijo da serra!!). A origem animal faz com que sejam acidificantes e inflamatórios para o corpo humano, ou seja, todos os quadros de saúde que envolvam doenças autoimunes e inflamações é altamente contraproducente o consumo de laticínios.

Aprendi isto desde muito nova com a minha asma crónica, a primeira coisa a sair quando tinha crises eram os iogurtes e derivados de leite – hoje em dia consigo perceber totalmente as razões e imaginar a dificuldade pela qual os meus pais passaram quando tomaram esta opções (nos anos 80 imagino as conversas que tiveram sobre isto quando tentavam explicar que a filha não bebia iogurtes ou leite quando estava com ataques de asma!).

Todos os quadros de sinusite, otites, alergias e problemas respiratórios devem retirar os lacticínios do consumo diário – aqueles gatinhos (como chamava aos brônquios inflamados) irão de férias prolongadas, garanto!

No campo das emoções, os lacticínios promovem o apego (a relação mãe-filho na amamentação) e dependência.

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