Dieta.

O que é a dieta? Dieta ou maneira de viver, segundo o dicionário Português. Definição que me faz muito sentido! 

Relacionamos sempre a palavra dieta a regime, a sacrifício, a redução do prazer ou mesmo a monotonia no prato. O tradicional regime alimentar, mas por quê regime?  

Entendo dieta como um estilo de vida que inclui a dieta alimentar, a dieta emocional, a dieta física… no fundo, as escolhas que fazemos e que nos fazem sentido para a nossa vida/objetivo em determinado momento. 

Se faço exercício 3 vezes por semana, esta é a minha dieta física; se escolho criteriosamente os meus amigos e só passo férias com determinado grupo, esta é a minha dieta social; se escolho comer consoante as estações do ano e o meu estado de saúde, esta é a minha dieta alimentar.  

Dieta não implica sacrifício, implica escolhas. A nossa forma de estar e viver, a nossa forma de pensar. Todos somos diferentes, por isso, não há one size fits all. Não há a dieta ideal para todos.  

Dieta significa escolher o que melhor se adequa ao nosso propósito, ao nosso estilo de vida, ao nosso corpo e às nossas necessidades. Adequar o local onde vivemos, o que nos dá mais prazer comer e o que precisamos para nutrir as nossas células.  

A minha dieta passa por saber que… 

. preciso de ter atenção aos níveis de glúten – porque tenho a minha tiróide sempre em alerta; 

. não consumo ultraprocessados frequentemente, pois nutricionalmente já não estamos a falar de alimentos, mas sim de um resultado de um processo químico cheio de conservantes e estabilizadores tóxicos e desnecessários;  

. não consumo proteína animal regularmente, apenas quando o meu corpo me pede (deseja ou precisa 😊); 

. não consumo açúcar refinado, pois é altamente inflamatório e apenas nos desmineraliza, promovendo picos de índice glicémico; 

. privilegio refeições completas e conscientes que têm como base cereais, leguminosas, vegetais, sementes, fermentados, entre outros – que me dão o aporte completo necessário para o funcionamento correto dos meus órgãos e células;  

. não posso abusar das farinhas, pois o meu sistema digestivo é sensível;  

. não dispenso um copo de vinho de boa qualidade, quando me apetece e com a companhia certa 🙂 ;

. as excepções existem e são para serem usadas. E, quando assim é, no dia seguinte já sei o que fazer para as compensar, ouvindo o que o meu corpo me pede. 

Se formos transparentes e sinceros connosco próprios a nuvem negra em torno de dieta desaparece. Isto, pois assumimos uma escolha, um caminho que nos faz sentido e que promove a nossa saúde.  

A minha dieta ideal define-se como a nossa escolha alimentar/física/social/emocional para conseguirmos cumprir os nossos sonhos e objetivos de vida, tendo mais saúde para a viver da melhor forma possível. E, assim sendo, a minha dieta pode (e deve) mudar ao longo do tempo: se hoje quero estar mais focado devo alimentar-me para isso, mas se amanhã preciso de relaxar e aproveitar o fim-de-semana, as minhas escolhas serão, consequentemente, diferentes. Uma simbiose entre o que queremos e o que precisamos, é nisto que acredito.  

Existem, claro, indicações base a qualquer dieta ou estilo de vida. Evitar ultraprocessados, escolher alimentos de qualidade, evitar açúcar refinado, mas acima de tudo ouvir o nosso corpo e como reage a cada alimento ou dieta que lhe propomos. Analisar como reagimos se limitarmos os hidratos e promovemos a proteína animal; comparar quando ingerimos muitos lacticínios ou mesmo analisar quanto açúcar consumimos por dia.  

Ter consciência do nosso corpo, das nossas emoções, dos nossos objetivos e das nossas necessidades é a base para definir a nossa dieta. No fim do dia, o mais importante é saber o que precisamos de ingerir para alcançar o que é realmente importante, o sorriso, o sonho e o sentimento de missão cumprida, seja ela qual for. Concordas?

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