Grão de Bico.
Sempre adorei grão, desde o típico prato de grão com bacalhau, ao hummus e à sopa de grão – não tivesse eu raízes alentejanas!
Mas, durante um tempo evitei-o devido aos gases. Quem nunca? Até que descobri a forma indicada de o demolhar e cozinhar. A alga kombu veio transformar a minha relação com as leguminosas.
As leguminosas precisam de minerais para serem absorvidas, tão simples quanto isto! Por isso, demolhar o grão (cerca de 8h, mudando a água várias vezes) e depois cozer com alga kombu – problema dos gases resolvido. Para um combo infalível, juntar a alga kombu, cominhos e gengibre à cozedura do grão.
Esta pequena grande leguminosa tem importantes qualidades nutritivas.
Primeiro que tudo as leguminosas são uma fonte excelente de proteína! São importantes pela dose extra de aminoácidos essenciais (como a lisina), que combinados com um cereal integral, nos fornecem proteína completa.
O grão de bico está carregado de ferro (mais do que outras leguminosas), vitamina C, magnésio, fibra e proteínas.
Tem um baixo índice glicémico, o que ajuda a evitar cravings e promove a saciedade. Isto, já que o elevado teor de fibras ajuda a diminuir a velocidade da absorção dos açúcares. É, ainda, uma boa fonte de gorduras não saturadas– as que precisamos muito para a boa manutenção do nosso corpo.
Ajuda também a regular o intestino, promovendo a eliminação de toxinas e substâncias inflamatórias. Isto, devido à grande quantidade de celulose contida na “casca” do grão.
Para mim, o melhor bónus desta leguminosa é o aminoácido triptofano!
É percursor da serotonina, um dos neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar. Alerta para os dias mais tristes, uma boa dose de grão ajudará a repor os níveis e a encarar o dia com outras emoções!
Por isto tudo, o grão de bico é dos principais aliados do estômago, dos intestinos, do baço e do pâncreas. E da alma 🙂
Gosto ainda mais do grão pelo conforto que nos dá e pela sua versatilidade – desde o húmus aos estufados e às sobremesas, sou fã!