Millet.
Milho Painço ou Millet. É, sem dúvida, um dos meus cereais favoritos. Pela versatilidade, mas principalmente pelo sabor suave e reconfortante. Uso-o ao pequeno-almoço (nos cremes), em saladas, em salteados, em empadões… basicamente em tudo (ainda não arrisquei nas sobremesas, mas veremos!)
Sem glúten e integral, é um cereal muito alcalino – muito importante para o equilíbrio do pH do nosso corpo, que se quer o mais alcalino possível.
O millet é especialmente indicado para nutrir o nosso pâncreas e estômago. Porquê?
. É muito rico em proteínas, fósforo (super importante para combater as enxaquecas crónicas, problemas respiratórios e a nossa condição cardíaca) e vitaminas (magnésio e cobre). Por ser rico em ferro é diurético e antifúgico.
. A grande quantidade de fibra promove a sensação de saciedade, evitando os picos glicémicos, e pode ajudar em processos de emagrecimento e controlo de peso. E, principalmente, em casos de diabetes – precisamente por ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue.
O millet deve ser demolhado depois de ser lavado e antes de ser cozinhado. Isto porque o millet tem um químico natural – as saponinas, que têm um sabor amargo – que desaparece quando é demolhado. As saponinas servem para proteger o cereal dos insectos e das temperaturas elevadas, não nos prejudicam em nada Aliás, demolho sempre todas as leguminosas e cereais antes de os cozinhar.
Para o preparar o processo é muito fácil: 1 porção de millet para 3 de água. Se quisermos que fique creme ou mais macio, basta acrescentar mais água!
Curiosamente, em Portugal, é pouco conhecido e normalmente é usado como alimento dos piriquitos! É muito utilizado no Norte da Europa (é um cereal ideal para promover a vitalidade física e adaptação ao clima frio!) e em África.